Encontrei a professora Emiliana Casagrande no supermercado. Grande e feliz encontro. Rever, depois de muito tempo, a pessoa que me incentivou a fazer da escrita o meu prazer, foi um motivo a mais para as minhas frequentes reflexões. Antes de ser aluna da Emiliana, na disciplina de Língua Portuguesa, apenas tinha ímpetos de escrever, mas não sabia bem o que isso significaria na minha vida. Aos 14 anos, no primeiro ano do segundo grau, conheci poesia, literatura, o valor do texto bem escrito e bem aplicado. Emiliana nos levava ao auditório e nos fazia subir ao palco e recitar poemas.
Conheci uma outra vida a partir desses encontros e comecei um exercício, o qual chamo até hoje de “Mania de Escrever”. Comprei um caderno e passei a anotar de tudo. Ainda mantenho esse hábito, mas os cadernos da minha asolescência se perderam. Uma pena. Gostaria de reler esse início de tudo, inclusive para reaprender como recomeçar muita coisa agora.
Tenho hoje uma coleção de cadernos, que passei a guardar com o máximo cuidado de alguns anos pra cá. Estão neles, devidamente anotados, desde tarefas diárias e compromissos, como também rascunhos de poesias, crônicas, frases soltas, estudos literários e filosóficos, listas de leitura, contas a pagar, projetos, planos, telefones imortantes. Os cadernos grandes, tradicionais, dividem espaço com os caderninhos ou bloquinhos, de tamanho ideal para carregar na bolsa. Em qualquer lugar que eu esteja, posso parar para registrar uma observação qualquer. A tecnologia também ajuda muito atualmente. Se estiver numa situação em que não for possível fazer uma anotação, uso o gravador do celular. Tudo isso para alimentar a tal mania de escrever.
A pilha de cadernos ocupa um senhor espaço na minha estante e não tenho coragem de me desfazer dela. Dia desses procurava um telefone antigo e comecei a folhear um a um. É de rir e chorar. Quantas lembranças rabiscadas, pessoas que passaram pela minha vida, relações efêmeras, gente que eu gostaria de rever e outras que prefiro que se mantenham bem longe. Revi projetos que começaram e acabaram; compromissos que cumpri e outros não; sonhos que delineeei e que não se realizaram, como também planos que deram certo; cartas que rascunhei; desabafos que não faria nem à minha sombra.
Estão lá também os esboços das minhas primeiras crônicas propriamente ditas. Aquelas que nunca foram publicadas; não passaram de ensaios frustrados. Mas eram, sim, crônicas. Tive certeza disso depois da minha participação na Oficina Literária da Flip. Não me comparo com ninguém, mas os grandes também passam pelas mesmas dificuldades quando o problema é tema para escrever. E ficam nos arquivos eletrônicos ou não as inúmeras tentativas... Hoje, talvez, naqueles momentos de branco mental, possam servir de inscpiração para novos textos.
Tudo isso me veio à memória após meu encontro com a professora de Português da minha vida. Fiz questão de apresentá-la ao meu filho e frisar pra ele que ela é uma das maiores responsáveis por toda a minha dedicação ao exercício diário de escrever e minha paixão pela literatura. Ela não sabia disso e arregalou os olhos, surpresa, quando me ouviu.
Felizmente existem pessoas assim. Gente especial, que veio a este mundo para deixar marcas positivas por onde passa. Tenho feito muito esforço neste sentido; buscar o melhor, tentar me tornar melhor. Quem sabe um dia alguém não se lembra de mim com o mesmo carinho? Poucas coisas têm realmente importância nessa vida. Essa é uma delas..
Conheci uma outra vida a partir desses encontros e comecei um exercício, o qual chamo até hoje de “Mania de Escrever”. Comprei um caderno e passei a anotar de tudo. Ainda mantenho esse hábito, mas os cadernos da minha asolescência se perderam. Uma pena. Gostaria de reler esse início de tudo, inclusive para reaprender como recomeçar muita coisa agora.
Tenho hoje uma coleção de cadernos, que passei a guardar com o máximo cuidado de alguns anos pra cá. Estão neles, devidamente anotados, desde tarefas diárias e compromissos, como também rascunhos de poesias, crônicas, frases soltas, estudos literários e filosóficos, listas de leitura, contas a pagar, projetos, planos, telefones imortantes. Os cadernos grandes, tradicionais, dividem espaço com os caderninhos ou bloquinhos, de tamanho ideal para carregar na bolsa. Em qualquer lugar que eu esteja, posso parar para registrar uma observação qualquer. A tecnologia também ajuda muito atualmente. Se estiver numa situação em que não for possível fazer uma anotação, uso o gravador do celular. Tudo isso para alimentar a tal mania de escrever.
A pilha de cadernos ocupa um senhor espaço na minha estante e não tenho coragem de me desfazer dela. Dia desses procurava um telefone antigo e comecei a folhear um a um. É de rir e chorar. Quantas lembranças rabiscadas, pessoas que passaram pela minha vida, relações efêmeras, gente que eu gostaria de rever e outras que prefiro que se mantenham bem longe. Revi projetos que começaram e acabaram; compromissos que cumpri e outros não; sonhos que delineeei e que não se realizaram, como também planos que deram certo; cartas que rascunhei; desabafos que não faria nem à minha sombra.
Estão lá também os esboços das minhas primeiras crônicas propriamente ditas. Aquelas que nunca foram publicadas; não passaram de ensaios frustrados. Mas eram, sim, crônicas. Tive certeza disso depois da minha participação na Oficina Literária da Flip. Não me comparo com ninguém, mas os grandes também passam pelas mesmas dificuldades quando o problema é tema para escrever. E ficam nos arquivos eletrônicos ou não as inúmeras tentativas... Hoje, talvez, naqueles momentos de branco mental, possam servir de inscpiração para novos textos.
Tudo isso me veio à memória após meu encontro com a professora de Português da minha vida. Fiz questão de apresentá-la ao meu filho e frisar pra ele que ela é uma das maiores responsáveis por toda a minha dedicação ao exercício diário de escrever e minha paixão pela literatura. Ela não sabia disso e arregalou os olhos, surpresa, quando me ouviu.
Felizmente existem pessoas assim. Gente especial, que veio a este mundo para deixar marcas positivas por onde passa. Tenho feito muito esforço neste sentido; buscar o melhor, tentar me tornar melhor. Quem sabe um dia alguém não se lembra de mim com o mesmo carinho? Poucas coisas têm realmente importância nessa vida. Essa é uma delas..
4 comentários:
Que engraçado, você significa isso para mim.
Se não fossem suas lições, toques e incentivos, acredito que teria desistido dessa minha paixão por escrever, que tenho desde meus 8 anos. Eu escrevia poesias sem parar e, infelizmente também as perdi. Meu grande sonho era lançar um livreto com meus poemas infantis, um dia quem sabe eu lanço com meus poemas mais maduros.
Amei a parte que você diz: " (...) existem pessoas assim. Gente especial, que veio a este mundo para deixar marcas positivas por onde passa".
Tenha certeza que na minha vida, você é uma dessas pessoas!!
Quem não estudou pelo menos já ouviu falar da professora Emiliana Casagrande.
Também tive alguns professores que marcaram minha vida. Infelizmente alguns negativamente...
Espero ser lembrada tb com carinho por meus alunos.
E quanto a vc... Vc é ótima e mesmo não tendo sido sua aluna, vc marca presença e deixa algo bom para as pessoas que a conhece.
Beijão.
Emiliana! A temida professora de portugês do colégio Manuel Marinho. Todos temiam estudar com ela. Uma pena não tive esse prazer, fiquei conhecendo-a apenas pela fama.
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