1 de novembro de 2009

Espera-se que a caçada aos criadores em Volta Redonda esteja apenas começando

Polícia procura proprietário de rinha de galos
Diario do Vale - 01/11/2009, às 20h27


Volta Redonda

Continua interditado o Clube de Luta de Galos do Brasil, que funcionava na Avenida Antônio de Almeida, Praça do Comércio, no bairro Retiro, e que foi "estourado" pela polícia na noite da última quinta-feira. O local continua interditado pela polícia e o delegado adjunto da 93ª DP, Michel Floroschk, permitiu que duas vezes por dia os mais de 115 galos e galinhas sejam tratados por um funcionário do estabelecimento.

Segundo Floroschk, até este domingo o proprietário do galpão não tinha sido localizado. De acordo com o delegado, trata-se de um empresário no ramo de distribuição de bebidas, Antônio Donizete Silva, o "Toninho".

A polícia tem duas informações sobre o paradeiro do suspeito: uma é que ele estaria em São Paulo, e a outro em Feira de Santana, na Bahia. Até este domingo representantes do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e da Polícia Florestal, chamados por Floroschk para levar os animais para um abrigo de um dos órgãos, ainda não haviam chegado a Volta Redonda. O delegado tenta solicitar a presença dos órgãos na cidade desde a noite da quinta-feira passada. "Por enquanto, os animais estão sob a cautela da Polícia Civil", disse um policial.

O delegado encontrou vários galos machucados e alguns deles até cegos. Segundo Floroschk, Toninho criava os galos, que eram vendidos no mercado negro até R$ 10 mil. Ele informou ainda que vai descobrir os outros proprietários de galos, que os deixavam no clube para serem cuidados e treinados por funcionários. O policial também anunciou que já tem o nome de outros três empregados de Toninho.

- Consegui localizá-los através de uma intimação antiga, que encontrei no galpão, expedida pela Justiça de Barra Mansa, onde esses funcionários respondem por crime ambiental, por maus tratos a animais - contou o delegado, acrescentando que a intimação era para que os suspeitos comparecessem a uma audiência marcada para o dia 14 de agosto de 2008.

O delegado explicou que, na época, o documento foi assinado pelo juiz Maurício Magnuns Ferreira. Floroschk não descartou que poderá indiciar todos os suspeitos no artigo 32 da Lei 9.605/98, que cita como crime praticar ato de abuso, maus tratos, ferir e mutilar animais.

O delegado disse que está realizando uma verificação da procedência da informação, conhecida nos meios policiais como VPI. O policial disse que o local continuará lacrado e apenas o funcionário Alvino Rodrigues, de 54 anos, poderá entrar duas vezes por dia para tratar os animais, mas sempre acompanhado de um policial.

Floroschk determinou que o galpão fosse periciado, assim como, os anabolizantes e remédios veterinários que foram encontrados no clube de luta de galos. Foram apreendidos também piqueiros de aço e esporas para lutas e treinamento dos galos, além de uma balança de precisão.

Alô, secretário municipal de Meio Ambiente!
Não acha que está na hora de se posicionar?!

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