Chegamos em casa e não a vimos mais, apenas seu corpinho esticado no chão da cozinha, onde passara seus últimos dias, vítima de uma hemorragia, seguida de infecção e anemia.
Não esperávamos muito. Já com 14 anos, Peri já curtia a rabugice da idade avançada. Já não corria desesperada pelo quintal atrás de suas presas e também não fugia feito louca quando abríamos o portão.
Andava quieta, lenta, mas foi amável até seus últimos minutos.
Ainda ontem de manhã saiu da cozinha e me abanou o rabo, mesmo sem me enxergar direito, mas sabia que eu estava por perto, sempre.
Me amava tanto que talvez tenha deixado esta existência sozinha para que eu não a visse partir.
Mesmo assim, diante daquele corpinho pequenininho, disse que a amava e que ainda vamos nos encontrar novamente. É bom acreditar nisso.
Ano Novo - 2008
Exposição "Vira-Latas"
Foto de Liz Guimarães
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2 comentários:
adorava ela!
chorei...
bjs
Ei!... É a cadela linda da foto da exposição da Liz... puxa!
Beijo, querida!
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