Numa entrevista a um programa de TV, Gisele Bündchen disse
que a melhor dica caseira para uma vida saudável é: “Água. Muita água. Beber
água o dia inteiro. Água de coco também. Amo água de coco”. Em seguida a esta assertiva, nossa top emendou:
“Não bebo refrigerantes há uns oito anos. Nem bebida alcoólica”.
Gosto de tomar cerveja. Não mergulho na garrafa, mas nos
fins de semana abro umas latinhas em casa. Bebo sozinha. O maridão não curte álcool.
Não tenho o hábito de tomar
refrigerantes. Mas aos sábados e domingos saboreio uma Coca bem gelada. Desce
muito bem.
Já tive que me abster da cerveja, ou melhor, de qualquer
bebida alcoólica. Foi a única restrição feita pelo meu Oncologista durante o
tratamento quimioterápico. Senti falta, mas não morreria por isso.
A abstenção é um ato de desprendimento, ou pelo menos um
exercício neste sentido. Aprende-se, cada um por seu motivo, a viver sem algo,
por tempo determinado ou não. Gisele, para manter o corpo em dia, saudável, por
conta das exigências profissionais, teve de restringir o consumo de refrigerantes;
outras tantas pessoas são obrigadas a retirar do cardápio diário uma série de
delícias, simplesmente para se manter vivo, como é o caso dos diabéticos, por
exemplo, que precisam esquecer que açúcar existe.
Com exceção dos casos que considero extremos e até absurdos,
admiro muito quem consegue se abster de prazeres em favor da saúde. Não é fácil,
mas me sinto muito bem por não comer carne bovina (arrisco as suínas secas de
vez em quando), frituras, biscoitinhos salgadinhos (aqueles que parecem isopor), tudo que seja gorduroso, bebidas alcoólicas destiladas (não desce redondo), bobagens fora de hora. Em restaurantes, evito os pratos que contenham maionese, molhos, cremes. Minha comida feita em casa quase não tem sal. E há poucos meses parei de acrescentar sal ao tempero das saladas.
Um grande amigo do maridão preferiu se revoltar e morrer, a
regrar a vida. Sofreu um infarto, fez cirurgia para colocação de pontes, tornou-se
diabético, hipertenso, mas pirou com a inaceitação. Precisava caminhar
regularmente e adquirir novos hábitos alimentares. Porém, não suportou a ideia de
ter limitações. Encheu-se de raiva, comeu mais, bebeu mais, fumou ainda mais e acabou morrendo em pouco tempo.
Logo depois de diagnosticar o câncer de mama, fiquei sabendo das histórias de duas mulheres que, por não aceitarem a doença e as agruras do tratamento, optaram pela negação. É preciso, sim, uma dose cavalar de
desprendimento para sofrer de enjoos, ficar sem cabelo e sem pelos, com a pele
cinza, sem tomar um drink (para quem curte) e ainda viver com a insegurança
constante no resultado lá na frente. Por isso tem gente que escapa. Nega a
doença, foge, finge que não está nem aí, e morre.
Muitos podem até dizer que não vale a pena a se abster de
tantos prazeres para ter aquele corpo magérrimo da Gisele. Mas não há quem
possa afirmar que não esteja satisfeita ou ao menos saudável. Recentemente uma
amiga me contou que está há quatro anos sem tomar refrigerantes, sem comer
carne vermelha e aboliu também a farinha do menu diário. Emagreceu vinte
quilos. E não fez isso por questões estéticas; foi orientação médica, após
sofrer uma doença do trato digestivo. Pergunte se está triste, com raiva ou
insatisfeita? Nadica. Tem vinte e poucos anos, espera muito da vida e não está
a fim de abrir mão de viver.
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6 comentários:
Oi, Giovana!
Me identifiquei muito nesse seu texto porque recentemente também renunciei a algo que eu gostava: beber. Desde muito novo que tomava minhas biritas sem culpa e sem maiores problemas, mas agora, aos 38 anos, vi que isso não faz mais sentido. Agora tenho orgulho de dizer que não bebo mais álcool. E quer saber? Não tá fazendo falta nenhuma.
Um abraço.
Seu blog é show!
Há uns 8 anos atrás eu tava tendo gastrite até ao beber água!
Tive que parar com os refrigerantes e outras coisitas mais.
No final, me desacostumei mesmo a essa bebida da qual não sinto nenhuma falta. E por essa simples atitude emagreci mmmto! Fica a dica pra quem quer perder peso.
Para toda escolha, há uma renúncia. Hoje preciso renunciar àquilo que na minha tabela dos alimentos, considerava como fruta: bacon, por exemplo. Agora estou alinhado com a geração que alerta sobre a importância da mastigação adequada. Afinal, estou sentindo os efeitos na pele, ou melhor, na vesícula. Mas é claro, prefiro muito mais curtir a vida saudável do que me acabar em uma cumbuca de torresmo. Hehe!
Sempre tive predileção pela comida mais saudável. Fui criada assim e desde pequena estes sabores me são familiares. Mesmo na minha fase mais rechonchuda sempre comi muitas frutas, saladas, legumes, alimentos integrais (que comidos em grandes quantidades tb engordam). Nunca fui de guloseimas!! Claro que numa ocasião ou noutra, uma delícia calórica não faz mal algum!! Busco mesmo é o equilíbrio. Se num dia exagero em algo, trato de me "limpar" no dia seguinte. Me cuido, sem nóias, mas me cuido. Minha preocupação é com o peso. Procuro nunca passar de um determinado patamar. E quando, por alguma razão, eu passo... Ahhh seguro a boca legal!! E só relaxo quando volto ao aceitável!!Assim vou vivendo desde os meus 15 anos... em épocas de maiores ou menores restrições. Bjocas
ola giovana
saudades...
bem quero contribuir também.tem pouco tempo mais falo com orgulho que tem 40 dias que eu não sei o que é um refrigerante. parei totalmente, e não sofro mais por isso, pelo contrário, sei que essa decisão só faz melhorar minha saúde, sem contar é claro que tenho gastrite e depois de pensar muito em mim resolvi parar de vez. já a carne eu só consigo evitar, parar mesmo ainda não consigo, mas sei que será possível mais pra frente. até o próximo post.
Hoje estou me reeducando com alimentos mais saudáveis, e graças a Deus não tem sido difícil, minha irmã tem 36 anos e acaba de passar por uma cirurgia cardíaca e tenho acompanhado de muito perto o seu desespero em não poder comer ou beber certas coisas, e percebi que tudo está em nossa mente, pois ela dificulta a aceitação quando passamos a pensar que não somos capazes, esse texto vai ser maravilhoso para ela assim como é para mim.. obrigada por compartilhar seu dom conosco..beijos
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