Apaixonados para sempre por uma noite
Há tanto a dizer sobre namorar. Por mais que poetas e escritores já tenham falado tudo sobre isso e de todas as formas, namorar, amar, apaixonar são temas que sempre nos inflam, pois mobilizam um calorzinho bem lá dentro, do qual ninguém está livre. A data é comercial, todos o sabem. Lojas, restaurantes, salões de beleza e até carrocinhas de cachorro-quente levam o seu, mas é impossível não expectar o dia 12 de junho. Parece que todo mundo sai do sério, tira os pés do chão, esquece de verdade o dia a dia, só pra curtir um pouquinho de romantismo, de beijo na boca com carinho ou volúpia, abraço aconchegante ou lascivo, sexo com muito amor e para sempre enquanto o dia (ou a noite) dure. E a temperatura fria ainda colabora, vamos combinar.
Mas, e no resto do ano, não fazemos isso?
Li um texto do Hélio de La Pena em que fala sobre seus vários casamentos com a mesma mulher e que continua namorando. Também li outro texto em que o autor, casado, defende o Dia dos Namorados mesmo assim. Sou casada e no próximo domingo, sem furo, pretendo fazer minha comemoração a dois, com direito a jantar, vinho e depois.... bem, o dia seguinte é segunda, relógio desperta às 6h, vamos ver o que dá pra fazer.
Aonde quero chegar?
Costumo ser fria e cética com datas comemorativas, mas tenho tentado mudar esta visão. E é justamente por isso que estou aqui a defender o Dia dos Namorados, que todos os casais se deem ao direito de curtir uma data especial, esquecendo-se de tudo o que for dado realístico e entregando-se livremente a um momento festivo regado a amor e paixão. Piegas, né? Mas existe algo mais piegas que Dia dos Namorados? Sejamos, portanto, piegas por um dia.
Merecemos momentos comemorativos, na mesma linha do Dia das Mães, Pais, Crianças, Natal, dos vários profissionais lembrados em todos os dias do ano. E seus devidos presentes, claro. Passamos rapidamente por aqui e penso ser um enorme desperdício não ver a vida com olhos leves, algo que não sabia fazer até um tempo atrás, mas estou tentando aprender, devagarzinho. Lembro das histórias de fadas, dos contos que minha mãe contava, dos livros que li na infância e o que tiro destas recordações? Que vale a pena, sim, fantasiar, nem que seja num dia, o Dia dos Namorados, uma vida inteira de puro romance que dura uma noite. Uma delícia que vale por anos.
E para os que não têm namorado ou namorada, que estão procurando uma onda pra jogar a prancha no fim de semana, não se desesperem. Há programas ótimos para se fazer sozinho num domingo frio: ler, dormir, comer chocolate para espantar a depressão, dormir de novo. E para os que são céticos sobre a relações a dois, principalmente as duradouras, as quais chamamos casamento: não sabem o que estão perdendo. Melhor correr, porque a fila, ó, tá lá na frente.
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Um comentário:
Hahaha! Adorei!
Mesmo estando, digamos, solteira-ficando-namorando-solteira, vou comemorar o dia hj mesmo, sexta-feira.
Bjs!
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