Missão cumprida, como em todos os dias
Já tentei por diversas vezes falar sobre o Dia das Mães da forma apaixonada com que todos normalmente falam. Não consigo. Quando digo que não consigo é porque penso que dia de mãe é todo dia, e não estou sendo clichê. Na prática, é assim mesmo que vejo a questão. Disse algo assim, aqui mesmo no blog, numa crônica do ano passado. Não me acostumo à euforia das datas comemorativas: dias de mães, de pais, dos namorados, das crianças, da sogra, da avó, Natal, e todas que nos mobilizam a enriquecer o comércio e nos obrigam a passar um dia especial, mesmo que todos os outros dias do ano também possam ser especiais.
Mas, como é de praxe e necessário, cumpri direitinho o compromisso sociofamiliar (ou socioafetivo, como diz meu marido) e o domingo foi de abraços e parabéns: na mãe, na sogra, na irmã, nas cunhadas, nas sobrinhas que já são mães. Gostoso mesmo foi sair da rotina. Propus à minha mãe durante a semana que quebrássemos a tradição e fôssemos todos almoçar fora. Hoje somos poucos a reunir e valeria mais a pena tirar a mulherada da cozinha. E foi realmente ótimo, além de prático (adoro esta palavra) e rápido. Ficou mais fácil a divisão entre mãe e sogra e à noite, claro, cá estou com tempo para escrever, antes de mais uma semana de azáfama.
E um encontro fora do considerado normal evitou os transbordos de emoção, inevitáveis nestes momentos, principalmente para uma família que passou por duras perdas muito recentes. No meu caso, posso dizer que tinha duas mães (uma era minha irmã) e ao juntar todo mundo para uma comemoração, fica aquele buraco. Mais um motivo para fugir das datas especiais. Se tiver que lembrar da minha outra mãe, faço isso em casa, no meu quarto, no calor do travesseiro, nos momentos de prece, em que sempre penso nela.
E lá vou eu, recomeçar o dia a dia de mãe que acorda às 6h, despacha o filho para a escola, vai trabalhar, fala com ele o dia inteiro por telefone “Já almoçou? Tá fazendo o quê? O que tem pra estudar hoje? Chego tal hora e a gente se vê. Quer ir ao supermercado comigo?” e o reencontra às vezes rapidamente no meio da tarde e, com certeza, à noite. Dias muito especiais, certamente.
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2 comentários:
Com certeza todo dia é dia das mãezucas! Fora a fanfarrice inventada pelo comércio, o tal dia das mães é mais um pretexto pra fazer do domingo um dia mais esticadinho, com cara de sábado! O almoço dura mais, tem uma cervejinha gelada... Um rangão mais caprichado, uma sobremesa...Tudo feito pela mami! heheheh Que no meu caso, adooooooooraaaa!
FELIZ DIA DAS MÃES PRA VC, MINHA MÃEDRASTINHA QUERILDA!!!
Na realidade, nós deveríamos comemorar o dia das mães é os 365 dias do ano.
O que seríamos de nós sem as mães e sem as nossas mulheres?
Nossas vidas não teriam sentido em a força da mulher (mãe, companheira, amiga, conselheira e muitos outros atributos).
Parabéns Giovana pela mulher forte e determinada que você é do jeito sincero que escreve.
Um grande abraço.
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