5 de novembro de 2008

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Ando colhendo palavras chuvosas,
raras vezes em nuvens pesadas,
normalmente chuva miúda,
coisinha à toa, nada pra assustar.
Coisas do mês de novembro,
primavera, e se bem me lembro,
amor perfeito, begônias, crisântemos.
Não esquecer as azaléias,
nascidas no inverno, e ainda por aqui.
Ando colhendo palavras floradas,
congestionamento de borboletas,
passarinhada em festa
em córregos de águas claras,
principalmente colibris.
Pelas manhãs, serra acima,
dose certa de frio, um pouco de neblina,
muita umidade no ar.
Outro dia colhi a palavra semente,
guardei-a com todo o cuidado,
para que florescesse jardim.
Depois, colhi, a palavra vivências,
com todas as suas raízes,
nunca pensei que fossem
tão poderosas assim.
Ando colhendo a palavra canteiros
em tardes preguiçosas, novembro,
café expresso, música suave,
nostalgia pra todo o lado,
ainda sinto falta de um cigarro,
gotas de chuva miúda,
tudo misturado num bloco de papel pautado...
Versos acasalados, poemas.


Poema do meu amigo Naldo Velho, enviado pelo Orkut
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Um comentário:

Anônimo disse...

Passei por seu espaço pela primeira vez. Adorei. Vou colocar um link lá no meu blog. Tem problema??? Beijos