20 de outubro de 2008

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Para quem perdeu o início desta conversa, estou transcrevendo aqui, aos poucos, trechos do livro Rilke – cartas a um jovem poeta, uma coletânea das correspondências que o poeta tcheco Rainer Maria Rilke trocou com Franz Kappus, entre os anos de 1903 a 1908.

“(...) aceite sua sorte e a suporte, com seu peso de sua grandeza, sem perguntar nunca pela recompensa que poderia vir de fora. Pois o criador tem de ser um mundo para si mesmo e encontrar tudo em si mesmo e na natureza, da qual se aproximou(...)

(...) leia o mínimo possível textos críticos e estéticos – ou são considerações parciais petrificadas, que ser tornaram destituídas de sentido em sua rigidez sem vida, ou são hábeis jogos de palavras, nos quais hoje uma visão sai vitoriosa, amanhã predomina a visão contrária. Obras de arte são de uma solidão infinita, e nada pode passar tão longe de alcançá-las quanto à crítica. Apenas o amor pode compreendê-las, conservá-las e ser justo em relação a elas. Dê razão sempre a si mesmo e a seu sentimento, diante de qualquer discussão, debate e introdução; se o senhor estiver errado, o crescimento natural de sua vida íntima o levará lentamente, com o tempo, a outros conhecimentos(...)
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